Máquina de espresso; Livro expresso.

Coisa mais louca! se no metrô de São Paulo o pessoal vende livros em máquinas - tipo essas de refrigerante - um americano levou a idéia um pouco mais longe: inventou uma gráfica expressa de livros que funciona por pedido. "OnDemandBooks" é o nome da empresa, fundada por Jason Epstein e Dane Neller. De acordo com a página do ODB Epstein enxergava, nos idos de 1999 , que no futuro haveria tal máquina, compacta e de baixo custo, que seria capaz de "publicar" livros, funcionando em lojas de conveniência, hotéis, cafés ou bibliotecas. Ele não sabia que Jeff Marsh já havia desenvolvido um protótipo desta geringonça. Em 2003 a empresa foi fundada para desenvolver o protótipo de Marsh, que já passou por versões beta e agora chega na versão 2.0, se espalhando por alguns lugares nos Estados Unidos, na biblioteca Alexandrina, no Egito, e chegando a Londres este ano.

As perspectivas para a Espresso Book Machine (ou EBM) são boas: o diretor de marketing da livraria inglesa Blackwell vê a chance de pequenas lojas competirem com cadeias enormes como a Amazon, uma vez que em 5 minutos você consegue comprar o seu livro e de quebra assiste ao seu nascimento. Estão chamando a máquina de "ATM for Books" (ATM é o termo em inglês dado a máquinas de sacar dinheiro através de auto-atendimento).

Hoje a maioria dos livros que estão disponíveis na EBM são livros cujos direitos autorais são livres, mas em breve o pessoal da Blackwell pretende mudar isso e fazer com que a máquina que imprime 100 páginas por minuto e custa 175.000 libras passe a imprimir uma gama muito maior de livros. O catálogo atual é formado por vários outros catálogos, por exemplo de universidades e qualquer pessoa pode colocar conteúdo na rede de catálogos, espressnet.

Ao mesmo tempo que é uma coisa sensacional a gente poder imprimir o que quiser em formato de livro (atualmente não é possível imprimir imagens nas páginas internas), fico pensando se o futuro da leitura não vai ser em livros eletrônicos como o kindle, da Amazon. Para as pessoas que dizem que precisam do papel, precisam de pegar no livro, fica a pergunta: quem compra CD hoje em dia? quem sente falta das capas? há anos eu não compro um...